Cartas a um Amor passado #2
Mostra-me outro poema que escreveste. Mostra-me outro vídeo que vias só para passar o tempo. Mostra outra vez que me amas. Beija-me outra vez como se te importasses. Faz alguma coisa mas não desistas de mim assim como eu nunca desisti de ti. Perguntas-me porque é que não o fiz mais cedo como se não tivesses qualquer culpa ou arrependimento dentro de ti, não o fiz porque esperava que mudasses e entretanto destruía-me a mim mesma e talvez a ti. Gostava que tivéssemos resolvido as coisas com uma simples conversa, talvez agora fosse mais fácil. Gostava de saber como é que tem sido viver sem mim mas especialmente se vês um futuro comigo, se fantasias um dia encontrar-me num café e vires falar comigo ou vice-versa. Odeio coisas sem um ponto final, fizeste com que fosse tão difícil tê-lo, não houve cá explicações, perceber a tua perspetiva, uma conversa séria sobre tudo, nada. Eu disse-te o que queria e tu apenas desististe. As coisas parecem tão fáceis quando és tu a fazê-las. Tens os teus ideais e sei que não és nada emocional, olhas para tudo como se nada tivesse importância. As pessoas não te marcam, tu não te apegas a elas, daqui a uns meses já está tudo esquecido e por fim, virei uma memória. Já não sei o que fazes ou com quem falas e tu também não. Quem me dera poder falar contigo mas tenho tanto medo que me ignores. Tenho tanto medo, acho que não aguentava a tua resposta ou o teu silêncio, prefiro ficar na ignorância. Apesar de já ter aguentado 20 respostas tortas, prefiro ficar com a minha ideia de que és um excelente amigo para os teus e prefiro respeitar-te, coisa que não iria conseguir fazer se tentasse falar contigo e me respondesses da pior forma. Prefiro ver-te como via dantes e ignoro completamente a parte má que já vi de ti. Vejo-te da melhor forma possível apesar de já ter visto a pior. Todos os teus defeitos eram apagados pelas tuas qualidades.
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